Motociclismo

Pousoalegrense conquista pódio em campeonato de motovelocidade


Um terceiro lugar, mas com sabor de primeiro. Esse foi o sentimento não só do piloto Adriano “Carioca” Nogueira, destaque na última prova do Super Bike Series disputada em São Paulo, no autódromo de Interlagos no domingo (1º), mas também de muitos que viram todo o talento do piloto pousoalegrense que faz parte do mundo da motovelocidade.

Com velocidades beirando os 300km por hora, o único representante de Minas na elite da motovelocidade brasileira tem participado de todas as etapas da Pró AM 100cc com um estilo próprio e arrojado. E foi através do seu talento, que o piloto já conquistou três pódios na competição, fato esse de grande destaque, pois o mesmo encontra dificuldades não só com patrocínio, mas também com locais adequados para treinar no Sul de Minas.

Apaixonado por motos desde criança, Adriano vem batalhando para transformar seu sonho em realidade, realidade essa que tem todos os ingredientes para ser uma história de sucesso e vitórias em um dos esportes mais competitivos no mundo da velocidade.

Comparado a fórmula 1, a moto velocidade é um esporte de alta tecnologia e custos. Nesse caso, a Superbike é uma categoria que usa motos de produção em série, mas modificadas para a competição. O Campeonato Mundial de Superbike é o principal campeonato da motovelocidade, e os campeonatos nacionais das superbikes são realizados em muitos países, como Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Canadá.

O piloto Adriano “Carioca”’ Nogueira, como é chamado pelos companheiros de competição, começou sua tragetória em novembro de 2010 participando da 8ª etapa do Campeonato Brasileiro de Superbike na categoria PRO AM 1000 cilindradas. Num grid de largada com 22 pilotos, Adriano terminou a prova em 7º lugar, mesmo usando uma moto ‘inferior’ a dos seus concorrentes. Devido a posição alcançada, Adriano recebeu uma carta da direção do evento convidando o piloto para participar, oficialmente, de todas as etapas do Superbike Series 2011.

“Os gastos para participar de um campeonato deste nível torna quase inviável trabalhar sozinho. Além disso, acabo esbarrando em outras dificuldades como o fato de não existir local de treinos na região, então acabo realizando meus treinamentos em São Paulo ou Curitiba, o que aumenta ainda mais os custos”, diz Nogueira.

Adriano fez vários cursos de pilotagem e continua buscando aperfeiçoar sempre seu conhecimento na competição. Mesmo com tanto desempenho e vontade, garantir a participação integral na Superbike não é fácil.

“Cada etapa tem um custo muito alto de manutenção, transporte, equipamento e até de inscrição. É preciso mecânico e equipe especializada no assunto, e isso é muito caro. A moto é cara. Se eu levo um tombo num treino, e isso pode acontecer, com certeza preciso trocar a ‘carenagem’ e eventualmente alguma peça. Pneus que uso no treino só podem ser usados no treino. Para a corrida, é necessário a troca por novos pneus. Além do custo de estadia, logística e até de inscrição para os eventos”, conta o piloto.

O próximo desafio para Adriano Nogueira é em Curitiba nos dias 20, 21 e 22 de maio.

Com informações e foto Adriano Barros Gomes