Sem ter onde ficar, famílias moram dentro do Manduzão
Ao todo são 11 pessoas que dividem as áreas dos bares e banheiros
Três familias de Pouso Alegre estão morando dentro do Estádio Municipal Irmão Gino Maria Rossi, o Manduzão. Uma delas está no local há quase dois anos. No total são 11 pessoas que dividem as áreas que eram dos bares e banheiros do estádio. Com a chegada das chuvas, o problema dos moradores piora. Goteiras e mofo aparecem por todos os lugares. Quem mais sofre são as crianças.
O estádio do Manduzão foi inaugurado em 1997, com capacidade para 26 mil pessoas. O que era para ser palco apenas de jogos e eventos esportivos, acabou virando abrigo para quem não tem onde morar. A maioria das famílias são vítimas das enchentes e como perderam suas casas, foram autorizadas pela prefeitura a ficar no estádio.
Hoje as famílias vivem nas áreas destinadas aos bares do estádio. A sala da enfermaria também serve de abrigo para um casal. A cozinha de um dos bares se transformou em um quarto. A fiação fica exposta no local e para tomar banho, as famílias precisam ir do outro lado do estádio, até os vestiários dos jogadores, que é o único lugar onde há um chuveiro com água quente.
Proibido de receber jogos profissionais por falta de condições, hoje o Estádio do Manduzão recebe apenas partidas amadoras. Mas o local também é palco de shows e as famílias que moram ali precisam vigiar para que o lugar onde eles estão não seja invadido.
Uma das famílias já recebeu a doação de um terreno da prefeitura para que uma casa seja construída. No entanto, falta a escritura do lote, que já teria sido paga, mas ainda não saiu.
O secretário de governo da prefeitura, Douglas Dória, informou que vai verificar o problema. Segundo ele, é um privilégio para essas pessoas morar no estádio, que é um patrimônio público. Além disso, para a atual administração os moradores deveriam cuidar do local. Em relação a doação de terrenos as famílias, elas teriam que se encaixar em programas habitacionais como o "Minha Casa Minha Vida".
Confira a matéria apresentada no Jornal da EPTV, sobre o caso Manduzão:
Com informações da EPTV
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