O Mundial Sub-19 de basquete, disputado na Letônia no início do mês, rendeu mais que do que só o nono lugar conquistado pelo Brasil. A seleção comandada por José Alves Neto trouxe a tona alguns talentos que até eram pouco conhecidos do grande público. É o caso do atleta do Minas Tênis Clube, o pivô Cristiano Felício, que desponta agora como uma das boas promessas do basquete nacional.
Natural da cidade de Pouso Alegre, Cristiano se destacou por sua condição física durante Mundial, conquistando o posto de segundo maior ‘reboteiro’ da equipe na competição, com 7,1 rebotes de média em oito partidas disputadas. Além disso, contribuiu com mais 9,5 pontos a cada jogo.
Depois de servir a Seleção, o objetivo, agora, é conquistar espaço na categoria adulta e se firmar no time profissional do Minas. Focado, o pivô revelou sua expectativa para a próxima temporada de competições pelo Minas. “Estou esperando muitas coisas boas. Mas antes disso tenho que continuar meu trabalho aqui no Minas e espero que possa jogar mais que no ano passado para poder ajudar o clube”, disse o jogador de 19 anos, que apontou o jogo de transição como principal qualidade e o arremesso como um dos pontos a evoluir.
Com o Minas apostando em uma base formada essencialmente por jogadores jovens para a próxima temporada, Cristiano, possa ajudar a equipe a conquistar uma boa posição no NBB. E no que depender do novo técnico da equipe, Raul Togni Filho, o jovem terá total condições de se desenvolver no time mineiro. Cristiano, inclusive, chegou a compor o elenco na última temporada do NBB, mas tiveram poucas oportunidades.
“Conheço muito bem o Cristiano e ele evoluíu muito desde que chegou. Eu adorei vê-lo no Mundial. Espero que ele continue em uma crescente. Acredito que a oportunidade de jogar mais no adulto será grande”, disse o treinador. “Tudo é uma questão de conquista. O que ele fez no Mundial acrescenta ao currículo, mas ele tem que reproduzir tudo o que fez lá aqui no Minas”, ressaltou.
Togni, que também trabalhou com Cristiano nas categorias de base antes de assumir o comando do time principal este ano, apontou a questão física como principal barreira a ser superada pelo jovem neste processo de transição para o time adulto. “Acho que a dificuldade maior é a questão da força física. Para jogar na equipe adulta, isso conta muito. Apesar do Cristiano ter um bom potencial físico, ele ainda não sabe como usar essa força. Então ele vai sofrer um pouco no começo”, disse o treinador.
Fonte: Jornal Diário
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